CARTA PSICOGRAFADA EM 20/09/2021

Mensagem da irmãzinha Guiomar Andrella para sua filha

Minha querida filha,

Gostaria de lhe dizer para que fique em paz. Saiba, meu bem, que estou bem. Eu achava, como você bem sabe, que não havia vida após a morte e muito menos colônias e civilizações inteiras de pessoas desencarnadas. Confesso que, quando fui acolhida e levada para o hospital astral, onde fui muito bem cuidada por pessoas muito boas, comecei a desconfiar que havia falecido. A diferença no modo como fui tratada com tanto amor me fez perceber que algo havia mudado.

No começo foi difícil aceitar que após a morte existe uma vida diferente. Eu imaginava que dormiria para sempre no céu, mas fiquei surpresa com a bondade das pessoas que cuidaram de mim no hospital. Isso me fez aceitar a morte e desejar uma nova vida, mesmo estando morta. Eu evoluí muito e deixei muitas crenças para trás, mudando tudo que eu achava que era certo.

Por muito tempo, passei dias, meses e até anos pensando sobre tudo. Até que um dia, ouvi uma oração sua:

• "Deus, ajude minha mãe, onde ela estiver, abençoe-a, faça com que ela esteja bem e feliz, já que agora sei que a vida continua, mesmo após a morte!"

Essa oração, minha filhinha, foi o que me ajudou a aceitar minha morte e os erros que cometi ao criar você. Me perdoe, eu sempre te amei e gostaria de ter sido uma mãe melhor para você, assim como você foi uma boa filha para mim. Os espíritos aqui no hospital me trataram com o mesmo carinho com que você me tratou nos últimos anos de minha vida. Agradeço por isso, pois aprendi a ser uma pessoa mais amorosa, tanto na vida quanto após a morte.

Os irmãos me disseram aqui no mundo espiritual que sempre é tempo de recomeçar e voltar a amar e viver uma vida melhor. O pai está aqui comigo; ele veio me buscar junto com os irmãos socorristas no dia em que morri, e ficou ao meu lado durante todo o tempo no hospital, sempre me ajudando e me acalmando. Agora ele não tem mais medo da minha braveza, porque sou outra pessoa. Você ficaria encantada em ver quem me tornei.

O Cleber está aqui conosco também. Moramos todos juntos na mesma casa na colônia, que é muito bonita. Não preciso faxinar do modo antigo; o pai aprendeu a materializar roupas e a limpeza é bem mais prática. Temos tempo para orar, sair e nos divertir. Há concertos lindos e orquestras, e podemos ficar no campo verde ouvindo música. Aqui é melhor que um asilo.

Estou muito feliz por finalmente poder te contar tudo. Esperei muito tempo por esta comunicação e agora te peço mais uma vez seu perdão e te agradeço por ser essa linda pessoa. Seja feliz e viva uma vida boa. Esse é o meu desejo para você!

Te amo, netinha!

De sua mãe,Guiomar Andrella